As implicações da Covid-19 na saúde e na dieta

12 fevereiro 2021

Apesar de conscientes da possível ligação entre a obesidade e as consequências nos sintomas de Covid-19, quase um terço das pessoas, a nível mundial, ganhou peso durante a pandemia. Portugal não foi exceção, com 23% dos portugueses a admitir ter aumentado de peso desde que a pandemia começou, de acordo com dados da Ipsos.

O novo estudo “Diet & Health Under Covid-19”, realizado em 30 países, analisou o impacto da Covid-19 no estilo de vida, na dieta e na saúde dos indivíduos. Muitos (45%) acreditam que existe uma ligação clara entre a obesidade e os sintomas mais severos da Covid-19 e que fazer exercício físico com regularidade (38%) e perder mais peso (17%) ajuda a reduzir a sua gravidade.

Quanto à prática de exercício físico, ao consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, as mudanças de comportamento encontradas apresentam-se muito ténues. Embora, globalmente, mais de um quarto (27%) tenha feito mais exercício, 23% fez menos. De igual modo, uma em cada 10 pessoas começou a beber mais álcool desde o início da pandemia, enquanto uma percentagem igual (9%) bebeu menos. Relativamente aos hábitos tabagistas, verificam-se mudanças pouco percentuais (4% em todo o mundo desistiu e 3% começou a fumar).

Variabilidade
A pandemia impactou os hábitos e a saúde dos cidadãos em todo o mundo, mas, ainda assim, existe uma variabilidade notável de país para país. No Chile e Brasil, mais de metade dos indivíduos admite ter aumentado o seu peso. O mesmo aconteceu no Perú, Índia, Itália, Arábia Saudita, Estados Unidos, Espanha, África do Sul e Turquia o mesmo aconteceu, referido por 30% a 40% da população destes países. Por outro lado, China e Honk Kong são os países menos afetados, onde apenas um em cada 10 afirmou ter ganho peso durante a pandemia.

Em linha com o aumento de peso, mais de metade das pessoas na China (57%) fez mais exercício desde o início da pandemia, contudo, mais de um terço das pessoas na Bélgica, Chile e Itália fizeram menos.

Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, nos Estados Unidos da América e Austrália, cerca de um quinto (20%) da população bebeu mais álcool, enquanto que um quarto (24%) dos sul-africanos bebeu menos álcool, possivelmente, devido a restrições impostas.

A Índia é o país com a maior proporção de indivíduos que deixaram de fumar desde que a pandemia começou, com 12%. No eixo oposto, o Chile teve a maior aceitação face ao consumo de tabaco, com um em cada 10 a ter começado a fumar durante a pandemia.

Portugal
Em Portugal, e desde que a pandemia começou, cerca de nove em cada 10 inquiridos (88%) afirmam ter verificado alguma mudança no seu peso, nos hábitos de exercício físico e também no consumo de álcool ou tabaco. Destes, 23% assume ter aumentado de peso e 22% ter feito menos exercício físico.

Quando analisados os extremos comportamentais em estudo, é possível encontrar uma ligeira tendência para um estilo de vida menos saudável: embora 23% tenha aumentado de peso, apenas 11% refere ter perdido. De igual modo, enquanto 22% refere ter feito menos exercício físico, 11% assume ter feito mais. Para 8% dos entrevistados, o consumo de bebidas alcoólicas aumentou, enquanto que uma proporção semelhante, mas ligeiramente inferior (6%), bebeu menos.

As mudanças nos hábitos tabagistas apresentam poucos pontos percentuais: 5% assume ter passado a fumar mais, 2% menos e 1% assume ter desistido de fumar.

Ainda assim e comparativamente com os outros países, Portugal não apresenta uma posição de especial destaque no que diz respeito aos hábitos prejudiciais para a saúde. No Brasil e no Chile, por exemplo, mais de metade dos indivíduos (52% e 51%, respetivamente) aumentou o seu peso.

Tal não significa, contudo, que Portugal se distinga pela adoção de hábitos mais saudáveis. Aliás, neste âmbito, tem tendência a ficar em posições muito baixas no ranking. Por exemplo, o aumento da prática de exercício físico posiciona Portugal em último lugar (com 11%), em conjunto com o Japão.

FONTE: Revista Grande Consumo

 

 

 

 

 

 

 

 

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