O aumento dos impostos especiais sobre o consumo é criticado por Gonçalo Lobo Xavier. "É uma forma encapotada de arrecadar mais receita fiscal", afirma o diretor-geral da APED.
"É uma forma encapotada de arrecadar mais receita fiscal". É desta forma que o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) classifica o aumento dos impostos especiais sobre o consumo incluído na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2020.
Em entrevista à Antena 1 e ao Negócios, Gonçalo Lobo Xavier considera que os argumentos de que se tenta promover uma alimentação mais saudável e melhores condições de vida não são válidos.
"Eu lembro que a APED, e a Direção-Geral de Saúde e a indústria no ano passado fizeram um esforço enorme no sentido da redução do açúcar e do sal numa miríade de produtos muito significativos e que fazem parte da alimentação diária dos portugueses e isso sim é que é uma medida de saúde pública e de sustentabilidade com efeitos muito práticos", defende.
A opção por subir as taxas sobre o açúcar ou as bebidas açucaradas é apenas "uma forma encapotada" de o Estado alcançar maiores receitas fiscais e não agrada à associação representativa do setor da distribuição.
FONTE: Jornal de Negócios