As exportações de bens no primeiro semestre de 2018 subiram 6,6%. No entanto, o volume de importações foi superior nos primeiros seis meses do ano, ao atingir os 8,8%, revelou o Instituto Nacional de Estatística.
Ainda assim, a compra de bens ao estrangeiro desacelerou face ao mesmo período do ano passado, quando o aumento tinha sido de 14,3%. O mesmo aconteceu com as exportações, que no primeiro semestre de 2017 tinham crescido 12,2%.
No entanto, foi no passado mês de junho, em comparação homóloga, que a diferença entre as compras e vendas de bens foi mais expressiva. As importações dispararam 18,1% no sexto mês do calendário, devido “ao significativo aumento” verificado na compra de combustíveis e lubrificantes a países fora da União Europeia, justifica o INE.
No mesmo mês, as exportações de bens aumentaram 8,6% face ao mesmo período do ano passado. Descontando o efeito dos combustíveis, o aumento das importações ficou-se pelos 10,3% enquanto as exportações registaram uma subida de 6,8%.
O défice da balança comercial em junho foi de 1 682 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 641 milhões de euros em relação a junho de 2017. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 999 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 231 milhões de euros em relação a junho de 2017”, explica o INE.
Olhando para a análise trimestral dos números, as exportações superaram ligeiramente as importações: 10,5% de vendas face a 10,4% de compras.
Já a comparação com o mês de maio volta a revelar uma desaceleração das exportações, que caíram 0,3%, enquanto as importações cresceram 8,3%. A diferença, segundo o INE, é o “reflexo das variações registadas no comércio Extra-UE em ambos os fluxos, já que no comércio Intra-UE se registaram variações nulas face ao mês anterior”.
No que diz respeito a bens exportados, os campeões de vendas em junho foram os combustíveis e lubrificantes, com um aumento de 36,9%, e o Material de transporte, com uma subida de 26,2%.
Já entre os bens importados o destaque vai também para os combustíveis, que registaram uma taxa de variação homóloga de 92,8%.
Em junho verificou-se ainda o aumento das exportações para Espanha, Alemanha e França. Em sentido inverso, o INE ressalva as vendas para Angola “que ao longo de 2018 têm registado sucessivos decréscimos, que em termos acumulados correspondem a uma diminuição de 15,5% no 1º semestre de 2018”.
No mesmo período Portugal aumentou o volume de compras a Alemanha e Espanha, enquanto as importações vindas do Brasil acumularam uma quebra de 58,9%.
FONTE: Dinheiro Vivo