A execução em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) registou, entre janeiro e maio, um défice global de 2.225 milhões de euros. Em comparação ao mesmo período do ano passado, aumentou 1.592 milhões de euros.
A execução em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) registou, entre janeiro e maio deste ano, um défice global de 2.225 milhões de euros. O valor representa um aumento de 1.592 milhões de euros face ao período homólogo. No mesmo período, o excedente primário ascendeu a 1.505,5 milhões de euros.
“A evolução do saldo global é explicada por um crescimento da despesa (2,9%) acompanhado de um decréscimo da receita (-2,3%)”, explica o ministério das Finanças, em comunicado.
A receita foi afetada pelo aumento dos reembolsos de IVA e IRS e pelo adiamento na entrega do modelo 22 do IRC de maio para junho. A receita líquida do IVA aumentou 5,2%, apesar do efeito dos reembolsos e do início da implementação do IVA aduaneiro. A receita fiscal e contributiva beneficiou ainda do comportamento do mercado de trabalho, com as contribuições para a Segurança Social a subirem 6,7%.
“O comportamento da receita encontra-se significativamente influenciado por efeitos transitórios na receita fiscal”, refere. “A maior parte destes efeitos dissipar-se-á nos próximos meses”.
Do lado das despesas, houve um aumento de 2,9%, refletindo o aumento da despesa no Serviço Nacional de Saúde (3,4%) e o acréscimo dos encargos com o pagamento de cupões de swaps em várias empresas públicas.
O investimento cresceu 2,7% na ótica de contabilidade pública, enquanto a despesa com pensões da Segurança Social diminuiu 1,1%. “No entanto, corrigida do efeito do subsídio de natal, a despesa terá crescido cerca de 3%. Esta evolução decorre de, pela primeira vez na última década, a grande maioria dos pensionistas ter aumentos superiores à inflação e do aumento extraordinário de pensões de agosto de 2017”, sublinha o ministério.
Corrigidos dos fatores especiais do lado das receitas, o ministério liderado por Mário Centena considera que a evolução se encontra em linha com a melhoria prevista pelo Governo para as contas nacionais, no Orçamento do Estado 2018.
FONTE: Jornal Económico